Embora tenha o mesmo número de camadas ao longo de toda a vida, durante a infância a pele é 20% menos espessa do que na vida adulta. Por isso, merece cuidados especiais e atenção constante.
Nessa fase da vida ocorrem as primeiras manifestações clínicas de doenças que podem permanecer até a idade adulta, por exemplo, a dermatite atópica. O risco de transmissão de infecções e parasitoses pelo contato da criança com o chão, pelo hábito de levar as mãos e os objetos a boca e até mesmo devido à proximidade com muitas outras crianças nas creches e escolas, também é alto.
As glândulas sebáceas e sudoríparas, respectivamente responsáveis pela produção de sebo e suor, são menos ativas. O filme lipolítico, combinação entre o óleo da pele e a transpiração forma uma camada protetora da pele, e apresenta uma atuação mais fraca na infância. Com isso, inclusive, elementos externos são absorvidos mais facilmente e conseguem penetrar nas camadas mais profundas.
A pele das crianças é especialmente sensível às influências químicas, físicas e microbianas, o que começa a mudar com a chegada da puberdade, com as mudanças hormonais que acontecem por volta dos 12 anos de idade. Este é também o momento que começam a surgir as diferenças de pele entre meninos e meninas.
E é por causa de todos esses fatores que a pele dos pequenos não deve ser tratada da mesma forma que a dos adultos. Isso vale para os cuidados em casa e no consultório. Os produtos, procedimentos e hábitos devem ser específicos para a idade, e cabe aos pais e responsáveis monitorar dia a dia a saúde de seus filhos.
Confira algumas dermatoses comuns na infância:
- Acne neonatal;
- Dermatite das fraldas;
- Dermatite seboreica;
- Dermatite atópica;
- Miliária;
- Micoses;
- Impetigo;
- Molusco contagioso;
- Verrugas virais;
- Urticária.
Os especialistas enxergam a criança de maneira global, como um indivíduo completo e com particularidades diferentes de um adulto, atuando de forma multidisciplinar com outras especialidades para desenvolver o melhor plano de cuidados, com foco na melhoria ou recuperação da qualidade de vida dos pacientes. Não esqueça disso!