A pele é como um sensor, que estabelece plena ligação entre o mundo externo e o mundo interno, reagindo de forma mais ou menos acentuada às emoções despertadas por diferentes estímulos.
Intimamente ligadas, mente e pele vão assim influenciar-se mutuamente – e essa relação é mais complexa e profunda do que podemos imaginar. Na sociedade atual, o nível de exigências, quer laborais quer da vida pessoal, pode originar determinados níveis de stress e ansiedade, com grande impacto a nível de conflitos internos, temores, medos e angústias, que alteram a nossa razão e nos convertem em vítimas da nossa própria situação
Sendo a pele um órgão amplamente visível, com uma função de comunicação e integração social, diferentes doenças cutâneas afetam seriamente a nossa autoimagem, com repercussões de caráter estigmatizante, o que já por si origina ansiedade, depressão e consequentemente a alteração da qualidade de vida.
O stress e a ansiedade podem desencadear reações cutâneas individuais, bem conhecidas, como o rubor, a palidez, o prurido, a sensação de desconforto, o ardor, e o aumento da sudorese.
Por outro lado, as condições de stress emocional, ansiedade e depressão, podem agravar também, em maior ou menor grau, uma patologia cutânea pré-existente, ou precipitar o seu aparecimento, embora não seja a causa, como exemplos o acne, a psoríase, a dermatite atópica, o vitiligo, e os herpes.
O corpo e a mente formam uma unidade integrada, e por esse motivo a saúde não é só física e orgânica, mas também, psíquica. Por este motivo, não devemos deixar de lado os fatores emocionais e psicológicos, dado que a doença da pele pode ser precipitada e influenciada pelos mesmos. Na dermatologia, devemos oferecer sempre um tratamento integrado.